Sem um bom antivírus, nenhuma máquina está
livre das ameaças virtuais que circulam pela internet. Basta
conectar-se à rede para que, em poucos segundos, tentativas de
ataques e invasões comecem a atingir o equipamento. Para quem não
quer gastar com programas, a solução é instalar uma solução
gratuita, algo que existe em abundância no mercado. O difícil é
saber qual delas é a mais eficiente.
Felizmente, o INFOlab, o laboratório de testes da revista INFO, divulgou nesta sexta-feira seu teste anual de antivírus gratuitos, que analisa a capacidade e os recursos de cada programa de barrar ameaças mais recentes. Os softwares escolhidos para os testes foram: AVG, Avira, Avast, Imunnet e Microsoft Security Essentials. As cinco opções, reconhecidas como as mais populares da web, tiveram de lidar com mais de 20.000 amostras de vírus.
Felizmente, o INFOlab, o laboratório de testes da revista INFO, divulgou nesta sexta-feira seu teste anual de antivírus gratuitos, que analisa a capacidade e os recursos de cada programa de barrar ameaças mais recentes. Os softwares escolhidos para os testes foram: AVG, Avira, Avast, Imunnet e Microsoft Security Essentials. As cinco opções, reconhecidas como as mais populares da web, tiveram de lidar com mais de 20.000 amostras de vírus.
O antivírus da Microsoft não ficou na última
posição à toa. Ele teve um péssimo desempenho nos testes do
INFOlab. Quando foi exposto ao pacote de pouco mais de 21 mil vírus,
só detectou 1,7 mil malware – e gastou mais de 4 horas e meia para
a tarefa. Para piorar, o antivírus não aumentou a proteção do
sistema contra phishing, deixando o usuário exposto aos links
maliciosos da internet, e nem disponibiliza recursos para aumentar a
sensibilidade da detecção de vírus.
Dos cinco antivírus testados, o Microsoft
Security Essentials é o que mais consome memória do sistema quando
está em standby (cerca de 12 MB – mas o número pode variar de um
computador para outro). O software, como a maioria dos rivais, é
fraquinho no pacote de recursos: oferece apenas antispyware,
antirootkit e uma integração com o firewall nativo do Windows 7.
Se o programa ficou devendo na detecção, o
software acerta na interface. Ela está totalmente em português e
não abusa dos termos técnicos (o que é bom para os leigos).
Contudo, o software não é recomendado para quem conhece pouco de
informática, já que ele não é capaz de garantir eficiência na
proteção contra as pragas da internet. Ou seja, o software só dá
a falsa impressão de proteção.
O Avira detectou cerca de 10 mil vírus do pacotão
com 21 mil malware (menos da metade). Um desempenho bastante fraco. O
antivírus também foi incapaz de ampliar a defesa contra links
maliciosos no Windows – um tipo de proteção que é extremamente
necessário hoje, visto que a maioria dos ataques de segurança se
origina na internet.
O software deixou a desejar também na parte de
desempenho.
Quando estava em standby, o Avira consumia cerca
de 10,7 MB da memória RAM. No entanto, quando é ativado para
rastrear vírus no PC, o Avira aumenta bastante seu consumo: na
máquina do INFOlab, foi para mais de 150 MB e deixou o micro
bastante lento. O valor é quase 12 vezes maior do que a média
registrada nos demais antivírus do teste.
O Avira também apresentou um outro incômodo (e
que pode irritar muito os usuários que gostam de PCs rápidos): ele
dobra o tempo do boot. Ou seja, se o seu Windows demora 20 segundos
para ligar, com o Avira instalado ele vai levar 40 segundos para
ficar pronto para uso.
O software também é pobre em recursos e só
oferece um extra: um sistema antispyware. A interface, no entanto, é
bem boa. Apesar do visual simplista, os comandos são organizados e
fáceis de encontrar. Um leigo, por exemplo, não terá dificuldade
em compreender os comandos para realizar a varredura específica.
A interface do programa também oferece um painel
com opções avançadas, ideal para os usuários com um perfil mais
técnico. Nela, por exemplo, estão as opções para aumentar a
sensibilidade do antivírus e refinar algumas características.
Contudo, nem aumentando a sensibilidade da varredura, o Avira
melhorou seu desempenho – o que faz dele um antivírus arriscado
para quem navega por sites suspeitos e não se preocupa ao abrir
qualquer tipo de anexo que recebe pelo e-mail.
O software é um pouco diferente dos demais.
Enquanto os outros antivírus usam vacinas baixadas da internet, o
Immunet consulta uma base de proteção local e outra que está na
nuvem. Em tese, isso aumenta a proteção: já que o software sempre
tem acesso a uma base mais atualizada de vacinas.
Só que essa vantagem, no entanto, não foi capaz
de colocar o Immunet na frente neste teste. No INFOlab, o antivírus
detectou apenas 10,9 mil vírus do pacote de vírus (com cerca de 21
mil ameaças). O software foi mal também na parte de phishing: ele
não bloqueou o acesso do Windows a alguns links maliciosos.
Por usar a nuvem de internet durante a
investigação de vírus no PC, ele demorou 327 minutos para analisar
o pacote de vírus – ou seja, quase seis horas. O tempo é muito
extenso, ainda mais quando se leva em conta que o computador que o
INFOlab usou é de alto desempenho e a conexão banda larga de alta
velocidade.
O Immunet Free Antivirus, no entanto, foi um dos
software que menos consumiu memória do computador durante o teste.
Quando estava em standby, ele usava 2 MB de memória do sistema; já
quando era ativado para fazer a varredura de vírus, o Immunet
aumentava o uso para 10,3 MB. O software também afetou pouco o boot
do Windows: aumentou apenas em 23% a inicialização do sistema
operacional.
Se vai bem no desempenho, o software vai mal na
interface (que é só disponibilizada em inglês). A central de
controle do Immunet parece que não evoluiu como as dos demais
antivírus. Os comandos estão distribuídos desordenadamente e, em
alguns momentos, são lentos e poucos intuitivos – o usuário mais
leigo poderá se perder para executar uma varredura mais avançada. O
software também oferece poucas opções de configurações
avançadas, o que desagrada os usuários mais exigentes e ávidos por
refinar a segurança do micro.
O AVG, durante os testes, deu um susto. Ao
enfrentar o pacotão de vírus, ele insistia em detectar apenas 95
vírus. Depois de algumas investigações, o problema foi descoberto:
ele é configurado nativamente para ignorar arquivos sem extensões
executáveis. E como a maioria dos vírus não tinha uma extensão
executável (como .exe e .pif), o AVG não identifica os malware
Ao mudar as configurações do software para
obrigá-lo a investigar todos os arquivos, o cenário mudou. Com a
sensibilidade ampliada, o AVG não só identificou os vírus como
teve o melhor desempenho de detecção do teste: descobriu e eliminou
16,2 mil pragas do pacotão de 21 mil vírus.
Segundo a AVG, o software deixa de varrer (na
configuração nativa) os arquivos não executáveis para ter um
melhor desempenho. A ideia da empresa é boa, pois deixa a varredura
rápida. Mas também cria um problemão. Se o usuário não muda as
configurações do AVG, o PC pode ficar com vírus inativos
armazenados e, assim, se tornar um hospedeiro de ameaças (segundo os
próprios fabricantes de antivírus, arquivos não executáveis, como
imagens e PDFs, podem conter vírus).
Na parte de desempenho, o software registrou uma
marca ruim. Ele ampliou o tempo do boot do Windows em 223%. O consumo
de memória dele também foi alto frente aos outros antivírus do
teste: em standby, o AVG 2012 Fre usou quase 10 MB de memória RAM;
quando estava caçando vírus, o programa consumiu cerca de 16 MB.
O antivírus, por ser gratuito, tem um bom pacote
de recursos. Além da proteção contra vírus, ele traz ferramentas
para defender o PC de phishing, rootkits e spywares. Ele também
instala um widget no desktop do Windows – que funciona como um
atalho para a varredura padrão do AVG.
A interface do programa é simples, organizada e
intuitiva – indica bem o que está ativo e inativo, por exemplo. No
entanto, quando o usuário acessa a parte de opções de cada um dos
recursos do software, ele pode se perder por causa da quantidade de
opções. Apesar dos problemas, o AVG 2012 Free – quando
configurado corretamente – é uma excelente solução para defender
o PC.
N.E.: Para ativar a varredura de arquivos não
executáveis no AVG Free 2012, o usuário deve ir até a opção
Ferramentas. Nesta opção, escolher Configurações Avançadas e na
sequência Verificações. Feito isso, ativar as quatro opções de
verificações (Verificar todo o computador; Verificação de
Extensão de Shell; Verificar Arquivo / Pastas; e Verificação
de dispositivo móvel).
1º – Avast
7 Free
No teste do INFOlab, o Avast venceu o AVG por
detalhes. O programa capturou 15,8 mil vírus do pacote de 21 mil
vírus (400 a menos do que o AVG), contudo, ele não precisou ter sua
sensibilidade de varredura aumentada para isso. Ainda na parte de
proteção, o software garantiu uma proteção bastante eficaz no
acesso a um conjunto de sites que contaminam o PC com malware
Dos cinco, o software é o que consumiu menos
memória RAM quando estava em standby, em torno de 2 MB. Durante a
varredura, o consumo aumentava para quase 6 MB e não comprometia o
desempenho do computador do INFOlab.
Ele não impactou muito o desempenho do Windows: o
sistema operacional ficou cerca de 41% mais lento no boot depois que
o Avast foi instalado.
No teste, foi constatado que o Avast é o que mais
oferece recursos. Ele vem com proteção contra phishing, spyware e
rootkit. Tem ainda sistemas para verificar vírus em e-mails,
mensageiros e programas de trocas de arquivos P2P. O conjunto, vale
dizer, aumenta a capacidade de proteção do software.
O software, que até a versão 4.8 sofria com sua
interface confusa e feia (quem se lembra do modelo que imitava um
player de áudio?), agora tem uma central de controle sofisticada,
bonita e bem intuitiva. Os usuários encontram facilmente os botões
para a varredura contra vírus e as configurações são fáceis de
fazer. Essa facilidade toda é graças aos textos que explicam os
comandos do software, que estão bem localizados.
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